terça-feira, 7 de junho de 2011

Espaço da Pri: Pedras no Caminho


Imagine que você está andando por uma estrada muito bonita e admirando a sua beleza. Quanto mais você anda, mais belo vai se tornando o caminho e você não vê a hora de chegar ao final dele, imaginando a imensa beleza que lhe aguarda.

Ao longo do caminho que antes era largo, plano e sem sobressaltos, começam a surgir pequenas pedras e você desvia delas com facilidade. Só que, aos poucos, as pedras vão se tornando maiores e exigindo, de você, maior cuidado e atenção para não tropeçar nelas.

Em alguns momentos, distraído pela bela paisagem, você descuida-se e acaba por tropeçar e cair. Mas você não desiste porque quer chegar, de qualquer jeito, ao fim deste caminho.

No continuar da caminhada e depois de várias quedas você já traz, em seu corpo, feridas provocadas pelas pedras. Às vezes, sentindo-se cansado, tem vontade de parar. Mas a paisagem à sua frente o encanta e faz com que você continue.

De repente, quando você menos espera, depara-se com um enorme muro. Este muro é tão alto e tão imenso que não tem como desviar dele. Então, você se vê obrigado a parar, interrompendo, assim, sua jornada. Você fica ali, parado, olhando o muro e pensa: o que fazer? E agora, como vou alcançar o meu objetivo?

Você tem várias opções: pode retornar o caminho... Mas, de que adiantaria, depois de todo o seu esforço, desistir e não receber a merecida recompensa? Você pode ficar aí mesmo, onde está, e satisfazer-se com a beleza deste lugar... Mas por que ter tão pouco, se existe algo muito melhor além do muro? Você pode entregar-se à tristeza e ficar chorando, sem reagir e nada fazer...

Mas, qual o sentido de tantas pedras e feridas pelo caminho para, agora, só encontrar tristeza? Você pode revoltar-se contra esta injustiça, desesperar-se, xingar e atirar-se contra o muro, debatendo-se contra ele... Mas tudo o que consegue é, apenas, ferir-se cada vez mais e o muro continua ali, intacto.

Quando, finalmente, cansado de atirar-se contra ele, resolve sentar-se um pouco e descansar, e, então, olhando ao seu redor, começa a pensar qual o sentido de tudo isto... Por que primeiro tantas pedras e, agora, este muro imenso e impossível de ser escalado?

Então você começa a compreender que as pedras do início do caminho eram, apenas, para lhe preparar para o confronto com este enorme muro já que, através das quedas e tropeços provocados pelas pedras, você aprendeu a cair e levantar-se e adquiriu forças, desenvolvendo, em si, persistência e coragem, para enfrentar obstáculos maiores e mais difíceis de serme ultrapassados.

Mas de que adianta saber tudo isto, se este muro é intransponível? Será que é mesmo?

Pense bem! Acalme-se e procure buscar a solução para este problema. Olhe ao seu redor. Quantas pedras você vê? Existe um sentido para que elas estejam aí. Use-as a seu favor. Encare-as como lições de vida e aprendizado. Mas não pense que elas servem somente para isto. Elas têm uma importância muito maior e são elas que o ajudarão a escalar este muro.

Comece por juntá-las, uma a uma, e vá, aos poucos, formando uma pilha com elas, encostada ao muro. Construa uma ponte. É tão fácil! A solução esteve aí, todo o tempo. Mas, transtornado pelo desânimo e pela revolta, você não conseguia percebê-la. Mas, agora que está calmo, que buscou dentro de si as respostas, a solução surgiu, como um milagre, iluminando o seu caminho. Para isto servem os pequenos problemas que enfrentamos ao longo de nossa vida. São peças de uma ponte que devemos construir, para alcançarmos o nosso objetivo final: a felicidade plena, total e absoluta.

Assim é a nossa jornada, a nossa caminhada nesta vida terrena. Obstáculos existem, o percurso não é fácil. Mas temos que saber enxergar ao longe. As pedras de hoje nos incomodam, não sabemos por que precisamos disto... será que Deus não me ama? Por que ele permite que eu passe por isso? Pelo contrário, são estes obstáculos, vencidos, que farão a sua ponte amanhã

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