"Hoje eu fiz a diferença". Ouvi essa frase de uma aluna de 14 anos na última sexta-feira, 21, logo após fazermos em grupo, a plantação de mais de 20 mudas de árvores no canteiro central ao lado do CAIC - Vale do Sol. Conversando com o engenheiro da prefeitura, foi confirmada a informação que naquele mesmo lugar, já haviam sido plantadas muitas outras mudas em outras diversar ações como aquela. Depois, uma das coordenadoras da escola nos informou que ali, para aquele mesmo local, estava sendo aprovado um projeto para transformar o canteiro em estacionamento. Não bastassem essas informações, veio ainda mais uma: as árvores dificilmente cresceriam por causa da depredação humana.
Eu refleti algumas coisas desse dia pra cá. Primeiro: aquele dia 21 era muito especial para mim, porque eu estava fazendo 2 anos e 8 meses de casada; sem querer, acabou caindo num dia em que eu fiz algo diferente e inusitado, afinal, o que se programa para um dia desses, normalmente, é cabelo, maquiagem, depilação e um jantar romântico à luz de velas. Segundo: a prefeitura tarda, mas não falha; demorou um pouco para o pessoal deles chegar no local, mas depois, foi tudo muito rápido e especial. Terceiro: só discurso, não basta. Ao ponto que meus alunos iam plantando as mudas, eu só ia orientando e tirando fotos (claro). E eles sutilmente (até parece!) me cobraram para que eu também fizesse o mesmo e eu pus a mão na massa. Quarto: ouvi a aluna dizer aquela frase do começo do texto e pensei - afinal, o que é fazer a diferença sendo que em poucos dias, talvez, nada mais daquilo estará lá? E o mais surpreendente é o fato que aquela menina parecia ter se desenvolvido pouco no curso...
Lembro então da parábola do semeador, contada por Jesus. Sementes caem em todos os lugares, e sempre tem quem as regue. Umas vão dar frutos, outras não. O nosso trabalho com a evangelização dos jovens é muito semelhante a tudo isso que relatei... Há terrenos que sabemos que jamais vingarão, mas que mesmo assim, precisam ser semeados, regados e cuidados. As informações podem ser contrárias, mas sempre haverá supresas porque a causa é maior do que quem a operacionaliza. O fim, é mais importante que o meio. Todo dia é dia de fazermos a diferença e aos sábados e domingos, ditos os dias de descanso, são para nós dia de plantação e colheita. Portanto, mãos à obra como eu disse para eles, naquele dia, falo pra vocês hoje e para mim também, claro!
Roberta Maggiotto de Almeida Santos
Coordenação
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