terça-feira, 22 de junho de 2010

Os Santos Juninos - Parte 1

O mês de junho é marcado pelas festas juninas, que todos nós adoramos participar. Esse mês também é marcado pelas homenagens aos Santos Juninos, tão lembrados nas quadrilhas e arraiais. Por isso vamos contar até o final do mês a história dos três santos "famosos" do mês de junho: Santo Antonio, São João e São Pedro.

Iniciamos hoje com Santo Antonio que foi comemorado no dia 13 de junho.

Santo Antônio é conhecido no mundo inteiro. Seus santuários, basílica e pequenas capelas são veneradas por fiéis de todas as camadas sociais. É padroeiro de inúmeras localidades. Chamado de Santo Antônio de Lisboa porque nasceu na capital portuguesa. É Santo Antônio de Pádua, porque nesta cidade da Itália trabalhou no fim da vida e nela está sepultado.

Segundo antiga tradição, a data de seu nascimento coloca-se 15 de agosto de 1196. O pai, Martinho de Bulhões, teria sido cavaleiro do rei Dom Afonso I (1139-1185), descendente de cruzados; sua mãe, Tereza de Taveira, provinha de família nobre. Batizado na catedral, conhecida como Sé Patriarcal, recebeu o nome de Fernando que significa “ousado campeão da paz”. Biografia de 1316 conta que Fernando, desde cedo, mostrava “ser de boa índole” e, principalmente, que gostava de fazer donativos aos pobres.

Em 1210 passou a estudar com os cônegos de Santo Agostinho. Em Lisboa, depois no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra. Dos seus escritos e pregações posteriores, pode-se concluir que Fernando aproveitou intensamente as possibilidades de estudos que lhe eram oferecidas em Santa Cruz. Dedicou-se principalmente à Sagrada Escritura, em estudo e meditação.

O Papa Gregório IX mais tarde o designou como “Arca do Testamento”: e o Papa Pio XII, ao elevá-lo a Doutor da Igreja, lhe deu o título de “Mestre Evangelho”. Em Coimbra, também se ordenou sacerdote, pelo ano de 1219.

Animado pelo martírio dos primeiros Franciscanos em Marrocos, o Cônego Fernando entrou na Ordem de São Francisco de Assis, que revigorava o espírito evangélico e missionário da Igreja (fins de junho de 1220) e recebeu o nome de Frei Antônio.

Como Franciscano, viveu anos de retiro em eremitério; foi o primeiro professor de Teologia dos Frades, a pedido do próprio São Francisco; pregador e evangelizador de profunda inteligência e coração, arrastou multidões por onde passava, na Itália, França e de novo na Itália , como Superior de Conventos, brilhou por humildade e sincera caridade; dedicação e zelo levaram-no a servir os pobres em suas necessidades materiais e espirituais, por intervenções milagrosas e sua profunda oração.

O último período de vida Frei Antônio passou-o em Pádua, em intensa atividade de pregador. Morreu no Conventinho de Arcella, periferia de Pádua, na tarde de 13 de junho de 1231. Na mesma hora, sem que ninguém tivesse anunciado, as crianças de Pádua puseram-se a correr pelas ruas exclamando: “Está morto o Santo! Morreu o padre santo! Morreu Santo Antônio!”

Foi tanta a repercussão de sua morte e tantos os milagres, que, onze meses após sua morte, foi canonizado pelo Papa Gregório IX.

Em 1263, quando seu corpo foi exumado, sua língua estava intacta e continua intacta até hoje, numa redoma de vidro, na Basílica de Santo Antônio, em Pádua, onde estão seus restos mortais.

Muito mais tarde, em 1934, foi declarado Padroeiro de Portugal. E em 1946, o Papa Pio XII proclamou Santo Antônio ‘Doutor da Igreja’, com o título de ‘Doutor Evangélico’. Santo Antônio não perdeu sua atualidade e é invocado pelo povo cristão, até hoje, para curar doença, achar coisa perdida e ajudar no casamento.

Devoções a Santo Antonio

É invocado como protetor de coisas perdidas, porque em Montpellier, na França, onde lecionava e pregava, um noviço franciscano saiu do convento e roubou seus comentários escritos sobre os salmos. Ele rezou para que o ladrão lhe devolvesse a preciosa obra. Arrependido, o ladrão voltou e lhe devolveu o livro manuscrito. Daí o fato de ser invocado para encontrar coisas perdidas.

Também, na França, uma senhora de Toulouse, por ter alcança do uma grande graça, por intercessão de Santo Antônio, resolveu levar pães à igreja, para que fossem abençoados e distribuídos aos pobres. Daí vem a tradição de se abençoar os pães de Santo Antônio, no dia 13 de junho, para se crescer no amor para com os pobres e para se buscar a restituição da saúde a muitos de nossos doentes.

A devoção a Santo Antônio teve desenvolvimento popular surpreendente. O folclore brasileiro é rico em alusões ao poder milagroso do santo para casamento.

No Brasil, muitas moças afoitas por encontrar um marido retiravam o bebé dos braços das estátuas do santo, prometendo devolvê-lo depois de alcançarem o seu pedido. Por esse motivo, alguns párocos mandavam fazer a estátua do santo com o Menino Jesus preso ao corpo do santo, evitando assim o seu sequestro. Outras jovens colocam a imagem de cabeça para baixo, dizem que só a mudariam de posição quando Santo Antônio lhes arranjasse marido

Fontes: http://reporterdecristo.com/santo-antonio-de-padua/
http://www.franciscanos.org.br/noticias/noticias_especiais/stantonio_06/sintese.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Ant%C3%B3nio_de_Lisboa

Que Santo Antonio não seja atual nas nossas vidas apenas nesse mês de junho, mas sim todos os dias. Que sigamos o seu exemplo de fé e amor a Deus e ao próximo!

Santo Antonio, rogai por nós!

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